terça-feira, 8 de novembro de 2016

O estranho bicho que vi na parede


Depois de uma manhã repleta de compromissos, retornei para casa com uma única tarefa: lavar roupa! Sim isso mesmo, um lindo de dia de sol, beirando seus 33 a 35 graus e a minha refrescânsia não seria a beira de uma piscina tomando agua de coco, nem  mesmo num delicioso banho de mar, ah como eu queria... minha refrescânsia seria na garagem, no tanque para lavar roupas, é o que tenho pra hoje!
Organizei toda a estratégia para cumprir minha tarefa domestica: comprei sabão em pó, separei as roupas por cor, esvaziei os varais que tinham roupas secas, e segui para a minha missão.
A garagem de uma casa é sempre um lugar que vai te trazer surpresas; acredite, ainda mais quando você só visita ela, um ou duas vezes por semana ficando somente 30 min, tempo de largar a roupa suja de um lado, e já retirar alguma peça limpa que ficou no varal.
E neste ambiente, pouco visitado que animais exóticos e mesozoicos costumam surgir para nos assustar e falo isso, falando sério, bem serio.
Ao entrar na garagem, já percebi o clima de bagunça, eita...não sairei daqui tão cedo, enquanto este ambiente não estiver em tom bem apresentável, pensei.
Ao me aproximar do tanque, liguei a torneira no máximo,  comecei a arredar os baldes  e nesse momento, eu vi “ o estranho bicho na parede”.
Detalhe ele passou num jato de minuto, e o pior, eu já tinha feito tanta propaganda da lavação que eu ia fazer nesse dia que as minhas irmãs estavam até torcendo por mim, fiz questão de colocar várias fotinhos de tudo o que eu estava fazendo em nosso grupo do whatss, para tentar gerar uma certa curtição do momento.
E novamente, falando do “estranho bicho” bem ele passou ligeiro, eu nem identifiquei  quem era, rato, carrasco, arranha, ou algum inquilino que eu ainda não conhecesse hospedado por ali, mas a questão é que, quando eu vi, eu já me alarmei inteira e pensei: 
_ Bah, lasquei...#MissãoLavarRoupasFail.

E nesse momento, sai de fininho, sem fazer grandes barulhos e fui pra perto da centrifuga, fiquei ali olhando pra torre de roupas  que precisava ser lavada, e isso me causou um grande desconforto pois não poderia desmerecer uma tarde de sol como aquela, por conta de um “ estranho bicho”.
Por um momento, me encorajei e pensei: _ Vou fazer o máximo de barulho, ligar a mangueira e esguichar muita água, se o “bicho” aparecer eu molho ele e ele vai embora.
E quando eu me preparava para por o meu grande plano em prática...bastou arredar um balde do lugar, que o misterioso  e “ estranho bicho na parede” se mostrou; era uma lagartixa... sim só isso uma lagartixa.

Mas, cabe a mim, frisar a vocês que as lagartixas nascidas e residentes em Criciúma, principalmente no Bairro 4ª linha, elas são diferenciadas; essa que me causou tamanho susto tinha uns 12 a 15cm, ou até um pouco mais, era graúda, como se diz por aqui, e era muito ligeira e de cor bem escura, tanto que se camuflou no sarapico da parede, parecida um pedaço de parede se movendo, e isso me assustou ainda mais.

Sinceramente, depois disso eu ri de mim, que quase perdi de lavar 4 varais de roupa por conta de um simples vulto de um estranho bicho na parede, pense o tamanho da minha culpa depois, passando a semana toda com aquela torre de roupa suja encalhada!
Mas, vendo por outro lado, e isso que me motivou a escrever sobre o assunto, eu me pus a refletir em quantas vezes isso acontece na minha vida, e no meu dia.

Quantos dias eu me deixo “assustar” pela sombra de um “estranho bicho que vi na parede”.
No meu caso eu encontrei uma lagartixa bem inocente, que na verdade estava ali, escondida entre o vão do tanque e um balde, nada demais, porém a situação me fez temer por algo tão gigantesco que quase abandonei a minha tarefa principal, quase larguei a minha missão, quase larguei o meu sonho.
Na nossa vida, esse “estranho bicho na parede” pode ser a nossa falta de fé, pode ser insegurança, pode ser auto-piedade, pode ser desânimo, pode ser angústia ou tantas outras coisas.
E o que vale destacar é que, sejamos firmes, podemos até tremer na base, mas não podemos desfalecer, precisamos seguir  a diante, em frente e confrontar aquilo que nos causa medo, a ponto de medir o tamanho da sua periculosidade.

Ao final, encerrei o meu dia de “Amélia” com 4 varais de roupas lavadas a mão, muito perfumadas e torcidas na centrifuga. Eu estava exausta ao final do dia, porém muito feliz e orgulhosa de mim mesma, por ter apenas tremido, e não ter desistido.

Apenas desista, de desistir.

Encoraje-se é momento de confrontar os seus medos!

Abraços,

Priscila Dritty

quinta-feira, 21 de abril de 2016

A mulher, a família e os valores distorcidos de uma sociedade

Boa Tarde leitores!

Ao som de “Canção do Apocalipse (Revelation Song) - Ministério Avivah ”convido a todos para uma breve reflexão.

Estou a muitos meses, com textos espalhados pela memoria do meu pc, muitos temas, muitas ideias, muitas iniciativas e poucas acabativas. Porém, hoje ao despertar senti em meu peito uma força brava, um energia bruta que me pôs a dedilhar esse contexto sócio cultural que se refere a mulher, a família e os valores distorcidos de uma sociedade.
Senti-me tocada nesse momento em que se fala da mulher e da família com tanta zombaria. Qual o motivo disso?

Li a matéria da Revista Veja, referindo-se a uma cidadã esposa de um politico, que assim como ela foi citada e descrita,  ao meu ver,  poderia ser qualquer outra mulher, como a esposa de uma pessoa próxima ou distante de nós; a  maneira como a escrita é conduzida, e os temperos nela aplicados, nos envolvem e geram  reações e manifestos.

Tratando-se de um momento, em que a maior parte do nosso pensamento coletivo está minado por raiva, protesto e tantos outras doses exageradas de negatividade, a revista conseguiu polemizar um assunto de pouca relevância, um assunto que é citado todos os meses em programas ao vivo de média audiência, que costumamos assistir em horários matinais ou na programação de Domingo. “Esposas a moda antiga” que ficam em casa, cuidam e educam seus filhos, que  edificam os alicerces de sua casa são motivos de grande admiração e respeito.  A dona de casa se põe disposta, a muito mais do que doação e cuidado, pois o fato de uma mulher ser dita como do lar, não a intitula de incapaz ao mercado de trabalho,  pelo contrário, ela tem o perfil de polivalência,  pois engana-se e muito, quem acha que uma dona de casa é somente uma empregada, ela executa muitas profissões que, pessoas devidamente condecoradas com os seus diplomas não conseguem dar conta.

A dona de casa, precisa ser uma gestora de relacionamentos, pai e filhos devem estar em harmonia, devem ter respeito e afeto, devem buscar a cada dia a união, a melhoria e a prosperidade do lar; a mentora dessa causa é a mulher que executa com excelência o papel de psicóloga e outras graduações geradas pela própria psicologia. Se ela não possuir um caráter são e esclarecido, e mediar com propriedade entre filhos e marido teremos a cada dia mais e mais, essa insubmissão infantil e juvenil que acompanhamos dia a dia.
A dona de casa é uma gestora financeira, ela precisa analisar o consumo, entradas e saídas, planejar e conduzir os sonhos da família, férias, aniversários e tantas outras celebrações orientar o seu esposo na realização de negócios que beneficiem a todos.

Eu poderia elencar outros exemplos, porém me prolongaria demais, e creio que esses tópicos levantados, são suficientes para chamar a atenção  sobre esse assunto.
Vimos em toda a sociedade, nas empresas e nas igrejas mulheres brilhantes, com medalhas e diplomas nas mãos que não nutrem um relacionamento sadio com os filhos, que se perdem ao ponderar o comportamento e discussões em família, que se preocupam  demasiadamente consigo mesmas.

Eu conheço e convivo com muita gente assim, e cada vez que eu as observo, buscando  o  aprendizado. E não me furto a questionar: “O que preciso fazer para ser uma mulher melhor para o meu futuro marido?  Que tipo de mãe os meus filhos precisam hoje? Que tipo de cidadãos eu vou deixar para este mundo? Que valores estou ensinando a eles?
Que sejamos corajosos a ponto de influenciarmos o pensamento coletivo. Mais amor, e mais cuidado com a família por favor!

E pra encerrar essa reflexão  endosso com  uma frase que diz: “Nenhuma carreira de sucesso, vale uma família fracassada”. (Helena Tannure)

Todos nós já estamos calejados de tantos citar por aí, e acolá, que “Dessa vida só levamos a vida que levamos” e sendo assim, leve dessa vida abraços apertados, beijos apaixonados e afetuosos, momentos de colo, cafuné e aconchego, e faça o que for preciso para unir e manter unida a sua família.

Fiquem a vontade para comentar ;)

Grande abraços a todos!
Priscila Dritty



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