quinta-feira, 24 de abril de 2014

#VidaReal O poema e as duas moedas

Olá leitores, tudo bem?


Me desculpem pela demora em atualizar o post...problemas de rotina. Ficar sem net na hora que mais precisava é? Aff #QuemNunca

Na semana passada, vivi o meu dia cinza, dia em que tudo fica sem gosto, sem graça, numa atmosfera totalmente bipolar.

Mas enfim, eu estava assim, me faltava, inspiração, emoção; me faltavam respostas, diante de tantas interrogações!

Lembro-me de ficar perambulando pela rua, em lugares que eu até gostava de ir, tentei ligar pra um ou outro, mas sei lá...será que vale a pena incomoda-los com isso?

E, num instante parei. Calei os pensamentos, e me pus em silêncio.
As horas passaram. Ao me redor, haviam muitas pessoas, um universo pouco acolhedor; pessoas apressadas, penduradas em telefones, olhos vidrados em telas de celulares e tablets. E eu continuei ali quieta, apenas observando tudo.

No instante seguinte, tive um estalo, havia um compromisso para cumprir naquele dia, eu precisava me apressar. Juntei minhas coisas, e segui.

Fui incentivada a ir por um caminho pouco habitual, uma rota que eu não tinha tanta frequência em fazer, mas mesmo assim, rumei.
Em passos lentos, e com semblante desolado, no meio do caminho fui abordada por uma moça jovem, pele cor de mel, cabelos compridos enrolado nas pontas, olhos castanhos e óculos grandes. Ela tinha uma voz com sotaque puxado para castelhano, e foi muito simpática ao falar.

Ela me olhou e disse:
_ Moça, eu escrevo poesias e sou uma artista de rua, você poderia me fazer uma colaboração e em troca eu lhe ofereço uma poesia?
Achei aquilo muito legal, e de pronto acordei; abri a bolsa e doei duas moedas de R$ 1, único dinheiro em espécie que eu tinha naquele momento. Doei com um pouco de vergonha confesso, queria ter dado mais, porém a moça sentiu a minha sinceridade, esticou o braço e me entregou o papel.
Parei ali mesmo onde eu estava, e comecei a ler atentamente o que aquela folha de papel tinha para me dizer.(Vou copiar o texto abaixo, e depois posto a foto do texto original também.)

 E na poesia que comprei com duas moedas, estava escrito:


“ Tem tanta vida nesse mundo
Tanta cor em cada sorriso

Em cada canto tem um tom.
Tem vida por todo canto.
E em cada canto, uma missão.
Eu ainda não encontrei o meu sentido
Talvez esteja ele escondido em algum canto de mim.
Está em algum lugar em mim.
Tem gente nesse  mundo que não entende o quão grandioso esse mundo é
Não enxerga as cores da vida com os olhos do coração.
Tem gente nesse mundo que não enxerga as cores, não enxerga nada.
Mas sente...
Sente a vibração de um céu azul ou do verde das folhas de uma árvore
Sem ao menos ter o dom da visão.
E eu sigo aqui, procurando Amor em um mundo tão cheio de outras vontades
Em um mundo tão cheio de meios sorrisos.
Mas não me cabe julgar o ato do outro.
Cada um tem em si a resposta para todas as perguntas
Para todas as palavras não ditas
Para todos os caminhos interrompidos
Para todas as cores não vistas.
A minha alma é colorida!
A tua alma expande cores que só tu és capaz de demonstrar.”


Nem preciso dizer a vocês, o tamanho do arrepio que tomou conta de mim, no momento que terminei a leitura; e do tanto que chorei ali no meio da rua com esse papel na mão.
A tal moça artista de rua que faz poesia, sumiu da minha volta, nem ao menos deu tempo de perguntar o nome dela, o telefone, enfim qualquer contato, ela simplesmente me entregou esse papel, pegou as moedas e desapareceu.
E observem que essas palavras foram muito diretas a mim, naquele momento; nem mesmo eu, no meu momento de dúvida, ou numa inspiração de futuro, poderia ter escrito algo tão de mim pra mim, quanto isso, e quem escreve, sabe do que estou falando...
O mágico dessa história toda, foram as palavras me caíram como uma luva!
Quando cheguei em casa, li e reli novamente, pra ter certeza do que estava escrito...
As frases que mais me impactaram foram:
E em cada canto, uma missão. Quem nunca se perguntou o porquê esta neste mundo, hein?
Eu ainda não encontrei o meu sentido –  eu me sentia assim naquele dia, desencontrada.
Talvez esteja ele escondido em algum canto de mim. Onde que tá? Me mostra, lado esquerdo ou direito?
E eu sigo aqui, procurando Amor em um mundo tão cheio de outras vontades. Dá pra comparar isso com a procura do pote de ouro no final do arco-íris, exatamente igual!
Em um mundo tão cheio de meios sorrisos.  Senti isso ao observar as pessoas presas em suas telas de celulares e tablets. Quanta frieza!
Mas não me cabe julgar o ato do outro. Olha a humildade dessa frase!
Cada um tem em si a resposta para todas as perguntas E eu cheia de interrogações naquele dia! Preciso de uma bussola ou GPS pra ver isso!
E há tantas reflexões para serem feitas sobre esse texto ainda, que deixo o meu mural aberto para qualquer um de vocês  leitores, que se sentir a vontade para comentar o assunto, e algum outro ponto de vista deste texto. Podem selecionar as frases e ir comentando do lado, assim como eu fiz.
Convido a todos para que sintam a essência do texto, a humildade das palavras; quero que prestem atenção nisso. E no modo mágico como eu e esse texto nos encontramos, OK?

Grande abraços a todos ;)
 Priscila Dritty
Email: imprensasul@hotmail.com
facebook.com/eusouapriscila

Um comentário:

Anônimo disse...

Sensacional, profundo, complexo e simples ao mesmo tempo. Temos as respostas, por mais que a gente entenda. Bjs Neide

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