Sem palavras

Sem palavras
Assim
Só alguns poucos versos
Um tom de música doce, e suave ao fundo...

Um pedaço do mundo
Um espaço no céu
Não quero muito
Não desejo a mim um tanto,
Dois tantos
Três tantos...

Pra que tanto? Se não levo malas
Se no trem que eu vou não tem bagageiro
E nem mesmo mensageiro...

Estou imaginar
Fico a recordar
Vislumbrada
Frustrada
Desanimada, sei lá...
Pra que pensar?

Sem palavras
Assim
Só alguns poucos versos
E com um tom de música doce e suave ao fundo...

Descobertas de um ano inteiro

Descobertas de um ano inteiro... Priscila Dritty

Descobri que prisões são desconfortáveis, principalmente aquelas que só existem dentro da gente;

Descobri que o amor é um comportamento e não um sentimento, e isso me fez reaprender o modo de amar as pessoas;

Descobri que uma amizade de verdade pode significar muita coisa-muito riso, muita festa, muita alegria, mas nunca muito ciúme-;

Descobri também que mudar pode ser mais fácil do que se pensa, basta fechar os olhos e contar até dez...cem ou mil...;

Descobri que eu sou a arquiteta do meu destino e que diplomacia e democracia podem ser remédios milagrosos, se tomados 3 vezes ao dia;

Descobri que o destino dá pra gente aquilo que a gente precisa e não o que a gente quer e por isso, devo ser felizes com o que temos, já bem dizia o ditado “se a vida te der limões, faça uma limonada!”puts! Como eu tomei limonada esse ano..risos;

Descobri que aprendi a conviver com a divisão, deixando de lado a idéia de estar sempre somando, juntando e amontoando coisas, amontoando gente, pensamentos e sentimentos..hora de extravasar !!;

Descobri que sorrir todos os dias é essencial, e que conviver com as diferenças dos outros é questão de bom senso, se você souber respeita-los nunca vai sofrer em vão, ou dormir com a garganta entalada com aquele monte de coisas que você queria dizer e não disse;

Descobri que cuspir marimbondos faz muito mal a saúde, da gente e dos outros também;

Descobri que sexo deve ser temperado com muito amor, tesão e carinho principalmente;

Descobri que o abraço é o melhor presente que você pode ganhar, naquele dia em que tudo ruiu, naquele dia em que tudo te magoou e você está parecendo um cão perdido;

Descobri que a maternidade traz felicidade, divindade e muita responsabilidade!

Descobri que ser o cão guia da matilha é a posição dos grandes líderes, líderes corajosos;

Descobri que morrer ou fazer escolhas são decisões em comum a todos;

Descobri que fábulas não existem, embora eu sempre esteja querendo morar dentro de uma, Príncipe encantado, cavalo branco, roupa de gala...valsa..pura fantasia deixa isso pra Disney;

Marido cansado, busão lotado no fim do dia, uniforme de trabalho e a trilha sonora de viver a vida... isso é vida real...;

Descobri que a distância aproxima as pessoas, mesmo aquelas que já estão a 6 anos longe de nossas vidas...e que já se pensava não encontrar nunca mais;

Descobri que preciso viver, que preciso me permitir, descobri que prefiro a loucura, pois a razão é pequena demais para as minhas idéias...a loucura é o combustível da coragem...a mesma coragem que preciso para desafiar os muros visíveis e invisíveis dos nossos desejos...e das tantas vontades e necessidades que temos...

Priscila Dritty*

Priscila Rodrigues Vicente é natural da cidade de Criciúma, Co-autora da coletânea de artigos "Percepções volume II(Set/2002)" da IV Revista Acadêmica da Academia Criciumense de Letras(Dez/2002); co-autora do livro "A Árvore da vida" coletânea de Arnaldo Giraldo(Nov/2003); "Idiossincrasias" de Arnaldo Giraldo (Jul/2005) e " "Sangue, Suor e Lágrimas" de Arnaldo Giraldo;